5 de jun. de 2008

Igreja...



Segundo algumas leituras feitas por mim, quando se fez a tradução do Antigo Testamento do hebraico para o grego, os tradutores usaram "ekklesía" para traduzir a palavra "qahal", que tem o sentido de assembléia, ajuntamento. Tanto o termo "qahal" em hebraico como o termo "ekklesía" no grego tratam de agrupamento de pessoas que se relacionam, que tem assuntos em comum, com objetivos consensualmente traçados. Portanto, a idéia de igreja corresponde ao ajuntamento de pessoas que convivem e se relacionam em torno de motivações, objetivos, costumes comuns. Em hora alguma observei a palavra com o sentido de que esse agrupamento fosse estabelecido num templo, em lugares fechados, com doutrinas estabelecidas, ou qualquer característica moderna de religião.


Religião, no sentido de "religare", nos remete a idéia de religar. Religar a um ente superior (variando conforme a doutrina aplicada). Podemos concluir que a Religião foi inserida dentro do conceito de Igreja. Ou seja, seria a comunhão de pessoas com o objetivo em comum de procurar a "religação". Até ai, nada errado (ou pelo menos me contraria). Bem, analisado esses termos, até agora não cheguei nem perto da estrutura atual de igreja, religião. Então porque os homens cada vez mais forçam essa estrutura goela abaixo! O "negócio" não deveria ocorrer de forma natural, com as pessoas se agrupando (igreja) segundo suas crenças (religião). Por exemplo, por que não se fazem igrejas nas casas uns dos outros? Numa lanchonete, num restaurante (tá bom, gordo só pensa em comer mesmo). Sei lá, numa praça, num dos vários parques feitos por nosso Prefeito Iris (campanha extemporânea).


Essa noção "templal" de igreja nunca teve nada a ver com o sentido básico correlacionado na história. Templos, líderes, estruturas e todas as mazelas que esse tipo de organização pode vir a sofrer. E olha que estou longe de qualquer idéia anarquista. Creio que em muitas situações da nossa vida, sistemas e estruturas possam nos ajudar, mas nesse caso não vejo nenhum benefício. E como consequência, vemos um aumento de "descrentes" (de todas as religiões) com essa idéia ecleseástica moderna.

Chega!

2 comentários:

Anônimo disse...

GASEL, COMO VC COMEÇOU A PENSAR ESSA PARADA?

DE OUTRA FORMA: "COMO COMEÇOU ESSA VIAGEM?"

FIQUEI CURIOSO PENSANDO, EM COMO VC TERIA COMEÇADO A PENSAR NISSO QUE VC PENSOU...

AÍ PRONTO!! VIAGEI...

TERÍAMOS QUE DAR UMA EXPURGADA EM VÁRIOS AMBIENTES, NÃO SÓ NAS IGREJAS.

ABRAÇO

Guilherme Gasel disse...

caro moréia...

segredos "denarquianos"!!!

ahuiahuahaiuh